A indústria de videogames encontra-se em agitação, à medida que a SAG-AFTRA, um sindicato que representa atores e artistas, considera avançar a greve. O sindicato, que está envolvido em disputas com a indústria de cinema e TV, protagonizou uma greve de 183 dias contra as empresas de jogos em 2016-17. Agora, o conselho nacional da SAG-AFTRA tomou a decisão unânime de enviar uma proposta de greve aos seus membros, assim se preparando para futuras negociações.
A votação que determinará se a greve ocorrerá está marcada para o período de 5 a 25 de setembro. Além disso, Fran Drescher, a presidente do sindicato, expressou suas preocupações em relação ao acordo de videogames interativos, acusando as empresas de cobiça e desrespeito pelos trabalhadores. Igualmente, ela destacou ainda a ameaça que a inteligência artificial representa para as oportunidades de emprego dos membros do sindicato.
As demandas-chave apresentadas pela SAG-AFTRA incluem:
- Proteção dos atores contra o uso da inteligência artificial.
- Um aumento salarial de 11%, retroativo à data de vencimento, e aumentos subsequentes de 4% nos anos seguintes, a fim de garantir que os salários acompanhem a inflação.
- Um período de descanso de 5 minutos a cada hora de atuação.
- A presença de uma equipe médica durante a realização de cenas de ação.
- A proibição de acrobacias em audições auto-gravadas.
- Medidas para proteger contra o estresse vocal.
Empresas que podem se afetar pela greve do SAG-AFTRA
Atualmente, a situação envolve 10 empresas de destaque na indústria, que assinaram o acordo em questão e agora enfrentam o risco de uma greve:
- Activision Productions
- Blindlight
- Disney Character Voices
- Electronic Arts Productions
- Epic Games
- Formosa Interactive
- Insomniac Games
- Take-Two Interactive
- VoiceWorks Productions
- WB Games
Por fim, o resultado da votação dos membros da SAG-AFTRA será determinante para o desfecho dessa situação, com potenciais repercussões significativas para a indústria de videogames.